quarta-feira, 26 de maio de 2010

A importância da contabilidade como instrumento gerencial

Henrique Pinheiro


As empresas, diante a globalização, passaram a necessitar de instrumentos gerenciais para seus processos decisórios, considerando informações concretas e reais, originadas tanto no lado interno, quanto externo da organização.

O gestor, com esses instrumentos gerenciais, passa a ter melhores condições de guiar a empresa, tendo em mente, condições diferenciadas para a empresa, podendo, assim, evitar a realização de ações inadequadas ou que não produzam os efeitos que ele realmente queira para seu negócio.

As micros e pequenas empresas, pela sua própria estrutura, precisam ainda mais de instrumentos gerenciais relevantes, para que o gestor possa ter uma maior segurança em suas decisões, e possa realizar ações compatíveis com o que buscam dentro da empresa, medida que pode ser imprescindível para que a sociedade se mantenha atualmente, mesmo havendo mudanças externas.

Nesse contexto, os instrumentos gerenciais servem de apoio para tais empresas, preparando-as, para enfrentar o cenário econômico existente. Hoje em dia, a maioria das empresas, toma por base a própria experiência do gestor, ignorando os instrumentos gerenciais. Dessa forma, o gestor esquece que tal instrumento gerencial, serve também para atuar nos principais processos decisórios da empresa.

Assim a contabilidade gerencial surge como alternativa para o micro ou pequeno empresário. Com isso, ao optar pela contabilidade gerencial, o gestor dessas organizações consegue ter acesso a um instrumento que pode colaborar com a gestão, em decorrência das informações que é capaz de gerar e interpretar resultados, promovendo o fornecimento de relatórios adequados a sua necessidade, podendo, assim, ser relevante no processo decisório, por exemplo.

Diante tudo isso, a implantação da contabilidade gerencial, em micros e pequenas empresas, é de muita importância. A princípio, a gestão de tais organizações não pode ter uma confiança extrema por natureza própria, mas sim promover situações que ocorrem no setor de atuação, o que exige um número cada vez maior de informações que podem auxiliar tanto no processo de gerenciamento da entidade como no de tomada de decisão.

A principal utilização da contabilidade, se deve pelo fato de muitas micros e pequenas empresas “morrem” no país, ou seja, essas empresas entram em falência, não conseguem uma boa administração devido a inexistência de instrumentos gerencias, mostrando que os gestores acreditam e confiam muito em suas próprias experiências já vividas dentro das empresas e esquecendo desses suportes gerencias, que podem representar a diferenças entre o sucesso e insucesso da organização.

Concluindo, vemos a importância da contabilidade gerencial na gestão de micros e pequenas empresas e que a sua não aplicação por parte dos gestores, pode acarretar várias conseqüências negativas para a organização, mostrando que a contabilidade gerencial não se resume em apenas números, mas por trás desses números, tem toda uma análise, que se torna primordial para decisões, mudanças e sucessos por parte da empresa.

PEQUENO EMPRESÁRIO SE MANTÉM FIRME NA CRISE E INVESTE

Voltados para o mercado interno e com estrutura mais enxuta, empreendimentos de menor porte sentem menos os efeitos da crise econômica.
Selma Frazão, 49, e Ilana Moniz, 47, estão investindo R$ 150 mil em uma escola de idiomas. Paulo Henrique Magalhães, 32, prevê expansão de 35% neste ano em sua empresa de tecnologia. Zeca Bastos, 43, acabou de abrir uma loja de depilação e criou oito empregos.

Os relatos mostram que o vigor do pequeno empreendedor resistiu ao pior da crise. As estatísticas refletem: micro e pequenas empresas criaram 450 mil empregos no ano, enquanto médias e grandes eliminaram 150 mil, segundo dados do Ministério do Trabalho. O saldo de vagas nas empresas menores em 2009 equivale assim a uma vez e meia o saldo total de postos formais no país no primeiro semestre (300 mil).

No Brasil, há 4,6 milhões de empresas, das quais 98% são micro e pequenas. Tradicionalmente, elas empregam 60% da mão de obra formal do país.

Ao BNDES as micro e pequenas pediram R$ 4,3 bilhões neste ano -22% mais do que no primeiro semestre de 2008.

Empresários e especialistas concordam que pequenas empresas não estão imunes à crise, mas sentiram menos os efeitos do que as de maior porte. Micro e pequenas empresas têm até 49 funcionários, de acordo com o Sebrae, e receita até R$ 10,5 milhões, segundo o BNDES.

"É um fenômeno curioso da crise, e seus efeitos não podem ser ignorados", diz o diretor do BNDES João Ferraz.

As explicações são muitas. "São empresas mais voltadas para o consumidor do mercado interno, que sustentou a economia no primeiro semestre", diz Sérgio Malta, diretor do Sebrae-RJ. "Elas atendem um mercado que ainda sente os efeitos positivos do crescimento dos salários no passado recente", diz Ferraz.

Malta lembra que a crise foi mais forte entre as exportadoras e, entre as micro e pequenas, poucas vendem para o mercado externo.

A estrutura geralmente enxuta também ajuda. "As grandes sempre têm onde cortar. As pequenas têm estrutura mínima porque não suportam custos altos", diz Marcelo Salim, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Ibmec-RJ.

Alguns dos empresários ouvidos chegaram a temer a crise, mas não viram motivos suficientes para não ir em frente.

Dono de lojas de acessórios e de uma temakeria, Bastos resolveu testar o setor de serviços porque estava cansado de "prender dinheiro em estoque". Com a mulher, Lúcia, criou a Deleve, de serviços de depilação, onde funcionava uma de suas lojas, no Shopping da Gávea, na zona sul do Rio.

Agora, o casal emprega oito pessoas, três a mais do que antes. "Sei que é uma boa oportunidade. As cariocas não vão deixar de se depilar."

A empresa Fidelize, de Magalhães e mais três sócios, fornece tecnologia para empresas de alimentos e farmácias. Quando a crise veio, tinha dez empregados. Os negócios travaram. Depois de fevereiro, conta Magalhães, a empresa retomou o ritmo. "Criamos produtos ligados à redução de custo para os clientes." O faturamento cresceu 7% ante o primeiro semestre de 2008. Quatro pessoas foram contratadas.

A retração também empurra o empreendedorismo. Selma e Ilana perderam o emprego de gerente de banco. "Procuramos emprego em outros bancos, mas estava difícil. Decidimos criar nossos empregos", diz Ilana. Agora, estão abrindo uma escola de idiomas Fisk em Anchieta (subúrbio do Rio). Contrataram cinco pessoas. "Sei que há risco, mas foi uma decisão estudada", diz Selma.

Fonte: Folha de São Paulo

Em 18 meses, mais 8 mi de famílias ganham condições de comprar carro

Poder de compra do brasileiro sobe com alta da renda e prazos mais longos.
Situação deve se manter mesmo com Selic maior, dizem especialistas.


Paula Leite Do G1, em São Paulo


O sonho de parar de andar de ônibus e ter suas próprias quatro rodas é uma realidade para cada vez mais brasileiros. Nos últimos 18 meses, 8 milhões a mais de famílias passaram a ter a condições de comprar um carro, mostra um estudo do banco Santander.

Isso aconteceu por uma conjunção de fatores: o preço do carro caiu 6,5%, com o efeito do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); os juros para quem compra caíram, seguindo a queda da taxa básica da economia, a Selic; e o prazo máximo de financiamento para compra de veículos subiu de 72 para 80 meses.

Com tudo isso, a parcela de um carro zero passou de cerca de R$ 744 em setembro de 2008 para cerca de R$ 557 em março deste ano. E além de a parcela ficar menor, a renda média subiu, de R$ 1.241 para R$ 1.408 no mesmo período. Por fim, mais gente conseguiu emprego com carteira assinada, o que dá mais confiança para assumir dívidas de longo prazo: nesses 18 meses, foi criado um milhão de vagas formais.

O resultado disso, conclui o Santander, é que hoje 35,6% das famílias podem comprometer até 30% da renda com a parcela do carro, percentual que era de 20,7% em setembro de 2008.

E o efeito observado nos carros também está acontecendo com outros produtos, como linha branca e eletrônicos. “O poder de compra aumentou muito nesse período”, diz Luiza Rodrigues, economista do Santander e autora do estudo. “Além disso, o emprego formal é muito importante para o crédito.”

Na garagem

Famílias como a do estudante Felipe Xavier aproveitaram esse momento. Em setembro do ano passado, ele comprou um carro financiado. “Antes eu não encontrava um carro legal por um preço acessível”, diz ele.
Ele trabalhava com carteira assinada e achou um Palio 2001 “ótimo, inteiro”, segundo ele. “Fiz um financiamento com desconto em folha porque o juro era menor”, conta Felipe.

No entanto, ele perdeu o emprego três meses depois – o seguro feito junto com o financiamento pagou quatro meses de parcelas. Segundo Felipe, no mês que vem ele terá que pagar a parcela, de R$ 179. Até lá, porém, ele espera arranjar outro emprego ou estágio.

Antes do Palio, Felipe já tinha sido dono de um Fusca, mas o Palio é seu primeiro carro “mais novo”. “O Fusca dava muito problema, o carro mais novo não dá tanto”, diz ele, que, no período que ficou sem veículo, andava de bicicleta.

“Hoje o carro não é um luxo, é uma necessidade. Com o carro você perde o medo de fazer as coisas mais longe, dá mais oportunidades”, conta ele, que mora em Santo André e graças ao carro pode estudar com mais facilidade em São Bernardo, além de levar e buscar sua mulher na faculdade e no trabalho.

Aumento dos juros

Para Waldir Quadros, economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o acesso de mais pessoas a produtos como carros, eletrônicos e linha branca é positivo. “É um sinal de que conseguimos superar a crise. A economia está crescendo a taxas significativas”, diz ele. “A queda dos juros [para o consumidor] nesse período [18 meses] foi pequena. O que realmente estimulou o consumo foi o aumento dos prazos”, afirma.

Com o aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central em abril, os juros podem aumentar também para o consumidor, mas os especialistas acreditam que isso não deve mudar muito o quadro do poder de compra.

“O preço do carro deve subir uns 2% com o aumento do IPI e do preço do ferro. Além disso, os juros devem subir. Mas o rendimento deve continuar subindo também”, diz Rodrigues. “Apesar de o prazo máximo para financiar o carro já estar no limite, a maioria das pessoas não compra em 80 meses. Então hoje quem compra em 20 meses pode por exemplo comprar em 40”, explica ela.

Quadros também acredita que a alta da Selic não deve mudar muito a situação do consumidor. “O juro na ponta é muito alto, [a Selic maior] não afeta muito.” Para ele, a única medida que reduziria o consumo é a redução dos prazos de financiamento. E a renda do brasileiro deve continuar aumentando se a economia continuar crescendo, acredita ele.


Fonte: Globo.com

Glossário

Análise Financeira: refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projeto.
Ativo Circulante: Dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja realizável a curto prazo, (duplicatas, estoques de mercadorias produzidas); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

Ativo Permanente: Grupo de contas que englobavam recursos aplicados em todos os bens ou direitos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.

Ativo Não Circulante: São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.

Balanço: É um quadro onde é demonstrada a situação econômica/ financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa.

Balanço Patrimonial: É a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.

Capital Social: É o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.

Carga tributária: É a relação entre o que o governo arrecada em impostos e a quantidade de riqueza produzida no país.

Contabilidade: É a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

Custo das Vendas: É a despesa correspondente ao custo das mercadorias e dos produtos vendidos ou dos serviços prestados.

Custos diretos: São custos diretos aqueles relacionados diretamente com a produção do produto (bem ou serviço), no qual podemos ter uma medida fiel do gasto realizado. Por exemplo, a quantidade de matéria-prima utilizada na produção de um bem é algo mensurável. Podemos determinar o custo da matéria-prima utilizada na produção, mesmo que tenhamos vários produtos.

Custos fixos: São os custos incorridos para se fabricar o produto (bem ou serviço), que não têm relação com a quantidade produzida, ou seja, seu valor não varia mesmo que se produza mais ou menos bens ou serviços. Ex.: Aluguel da fábrica, manutenção, limpeza da fábrica etc.

Custo indireto: É o custo que não podemos determinar com precisão sobre cada produto, por isso ele é rateado ou alocado com base em algum critério. Por exemplo, não sabemos quanto de energia elétrica cada produto consome ao ser produzido. A energia elétrica da fábrica pode, então, ser rateada pelos produtos fabricados, com base nas quantidades produzidas ou em outro critério, como número de horas de mão-de-obra, por exemplo.

Custos Proporcionais: Custo que cresce, por ser variável proporcionalmente à produção; assim, por exemplo, se a produção aumenta em X, o custo aumentará sempre numa proporção percentual de X.

Custos variáveis: São custos que variam conforme a produção. Uma maior quantidade produzida implica em maiores custos, assim como uma menor quantidade produzida implica em uma redução dos custos. Ex.: Matéria-prima, mão-de-obra, energia elétrica da fábrica etc.

Deficit, déficit ou défice: É um termo da contabilidade de origem latina, que se caracteriza por um saldo negativo resultante de, em um orçamento, ter mais gastos, ou despesas do que ganhos, ou receitas. Tal orçamento é chamado de deficitário. Corresponde ao prejuízo em balanços de empresas não econômicas ou "sem fins lucrativos".

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que integram o patrimônio da Entidade.

Demonstração das origens e aplicações de recursos - DOAR: como seu próprio nome indica, tem por objeto apresentar de forma ordenada e sumariada principalmente as informações relativas às operações de financiamentos e investimentos da empresa durante o exercício, e evidenciar as alterações na posição financeira da empresa.

Despesas: São gastos de administração, vendas, financiamento etc. não diretamente relacionados à atividade produtiva. Assim, o aluguel dos escritórios da empresa, ao contrário do aluguel da fábrica, é despesa. Os salários dos administradores e funcionários do escritório da empresa são despesas, assim como a energia elétrica do escritório, materiais de escritório etc.

Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção das atividades principais, podendo ser classificadas em despesas de administrativas, de vendas, gerais, financeiras, etc.

Despesas Não-Operacionais: São as despesas incorridas com as transações não incluídas nas atividades operacionais da empresa, principais e acessórias, tais como o valor contábil dos bens e direitos do Ativo Permanente, quando estes forem alienados, baixados ou liquidados.

Depreciação: Fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os valores imobilizados de utilização sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão, perda de valor pelo uso.

Descontos Incondicionais: São parcelas redutoras do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda, e não dependam, para a sua concessão, de evento posterior à emissão desse documento.

Estatística: é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação das informações.

Fundo de investimento: É uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, organizada sob a forma de pessoa jurídica, tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.

Gasto: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para qualquer obtenção de um produto ou realização de um serviço, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

Incentivos Fiscais: Fazem parte do conjunto de políticas econômicas. Facilitam o aporte de capitais em uma determinada área através da cobrança de menos impostos ou de sua não-cobrança, visando o aquecimento econômico do respectivo território principalmente com capitais exógenos (de fora).

Índice de Rentabilidade: São responsáveis por medir o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou não. O seu conceito analítico é, quanto maior melhor.

Impostos Incidentes sobre Vendas: São os tributos que integram o preço das mercadorias, produtos ou serviços prestados (ICMS, ISS, COFINS, PIS).

Outras Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção das atividades acessórias, como a manutenção de prédios alugados, as perdas eventuais, as variações monetárias passivas, etc.

Outras Receitas Operacionais: São as receitas oriundas das atividades acessórias desenvolvidas pela empresa ou receitas auferidas de forma eventual, tais como receitas de aluguéis, rendimentos de participações societárias, reversão de provisão para devedores duvidosos, a receita de venda de sucatas ou aparas, quando eventuais, as variações monetárias ativas, etc.

Passivo Circulante: são as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou matérias-prima, impostos a recolher (para o governo), empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: imposto de renda, férias, 13° salário etc.).

Participações nos Lucros: São as participações nos lucros atribuídas a terceiros, segundo disposição estatutária ou contratual, tais como a participação de debenturistas, de empregados, de administradores, de titulares de partes beneficiárias e dos institutos de previdência e assistência social dos empregados.


Provisão para o Imposto de Renda: Sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas, incide o Imposto de Renda, cuja base de cálculo é o Lucro Real, assim compreendendo o resultado do exercício ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda. Aplica-se a alíquota determinada na legislação para se determinar o valor da provisão para o Imposto de Renda.

Sistema de Custeio Real: os preços de transferência são calculados com base em custos reais.

Sistema de Custeio Teorico: os preços de transferência não são obtidos com base nos dados da exploração, mas com base em dados externos.

Receita Operacional Bruta: o produto da venda de produtos industrializados de produção da pessoa jurídica, nos mercados interno e externo;

Receita Operacional Líquida: É a receita líquida das operações principais desenvolvidas pela empresa, com a qual a empresa pode contar para cobrir seus custos e despesas e gerar o seu lucro.

Receitas Não-Operacionais: São as receitas provenientes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, a receita obtida com a venda de bens e direitos do Ativo Permanente, a reversão da provisão para perdas com a realização de investimentos.

Resultado Líquido do Exercício: Este valor deve coincidir com o saldo final da conta de Apuração do Resultado do Exercício, que foi transferido para o Patrimônio Líquido, através da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Resultado Operacional Bruto: É o resultado das operações principais. Em se tratando de empresa comercial, também é conhecido como resultado com mercadorias, e, quando positivo, pode ser chamado de lucro bruto.

Resultado Não Operacional: Compreende a diferença entre as receitas não-operacionais e as despesas não-operacionais.

FAQ

O que é custo?

Gasto relativo ao consumo de bem ou serviço no processo de produção de outros bens ou serviços.


O que é Custo Unitário do Produto?

É o total dos custos referentes a cada unidade produzida.


O que é Gasto?

É sacrifício financeiro feito para obter um produto ou serviço.


O que é Despesas?

É gastos referentes às fases de administração, ao esforço de vendas e aos juros pagos por empréstimos obtidos. Em grande parte, despesas e custos coincidem, mas, há despesas que não são custos (despesas por reparação de danos provocados por catástrofes, despesas com alteração contratual da empresa, etc.) e por outro lado, custos que não são despesas.


O que é Investimento?

É utilização de recursos financeiros na compra ou manutenção de máquinas, equipamentos, utensílios ou bens móveis e imóveis. Com o decorrer do tempo, este investimento transforma-se em custo, devido à depreciação.


O que são custos diretos?

São custos diretos aqueles relacionados diretamente com a produção do produto (bem ou serviço), no qual podemos ter uma medida fiel do gasto realizado. Por exemplo, a quantidade de matéria-prima utilizada na produção de um bem é algo mensurável. Podemos determinar o custo da matéria-prima utilizada na produção, mesmo que tenhamos vários produtos.


O que é custo indireto?

É o custo que não podemos determinar com precisão sobre cada produto, por isso ele é rateado ou alocado com base em algum critério. Por exemplo, não sabemos quanto de energia elétrica cada produto consome ao ser produzido. A energia elétrica da fábrica pode, então, ser rateada pelos produtos fabricados, com base nas quantidades produzidas ou em outro critério.


O que são custos fixos?

São os custos incorridos para se fabricar o produto (bem ou serviço), que não têm relação com a quantidade produzida, ou seja, seu valor não varia mesmo que se produza mais ou menos bens ou serviços.


O que são custos variáveis?

São custos que variam conforme a produção. Uma maior quantidade produzida implica em maiores custos, assim como uma menor quantidade produzida implica em uma redução dos custos.


O que é PIS ?

Programa de Integração Social (Federal), estão sujeitas a esta contribuição, sobre o faturamento, as empresas que comercializam, industrializam e prestam serviços de qualquer natureza, com uma alíquota de 0,65%. As entidades de prestação de serviços sem fins lucrativos, definidas como empregadoras, recolhem uma alíquota de 1% sobre folha de salários (embutido no preço).


O que é COFINS ?

É a sigla de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É um tributo cobrado pelo Governo Federal sobre a receita bruta das empresas para aplicação na Previdência Social.


O que é IPI ?

Imposto sobre Produtos Industrializados (Federal), seus fatos geradores são a entrada do produto fruto de uma importação, saída do produto de uma indústria ou organização comparada a uma indústria. Considera-se industrialização qualquer processo que modifique a natureza, o funcionamento, a apresentação, a finalidade, ou até o mesmo o aperfeiçoamento do produto. O IPI é devido, independente da finalidade da mercadoria ou da operação que estiver submetida, tais como, venda, consignação, transferência, etc. Sua alíquota é variável, de acordo com a tabela de classificação dos produtos nela relacionados (TIPI). Se o produto adquirido for utilizado como insumo de fabricação ou para revenda, o mesmo gerará crédito na ocasião de sua compra. Caso se destine para imobilização ou consumo final, o imposto será considerado como custo tributário absorvido pelo adquirente (não embutido no preço).


O que é ICMS ?

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. (Estadual), tem como fato gerador a venda de mercadorias no comércio e na indústria, na importação, no fornecimento de bebidas, alimentação em bares, restaurantes, lanchonetes e similares, serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicações, e entrada de bens do ativo imobilizado (máquinas/equipamentos) oriundas de outros estados e DF. Por ter incidência sobre o preço do produto ou serviço, calculado por dentro, o preço já embute a parcela do ICMS. Na verdade o ICMS é um tributo não-cumulativo que tem como base de cálculo o valor agregado das mercadorias ou serviços. Isto quer dizer que se pode utilizar o crédito gerado em cada etapa da comercialização. As alíquotas variam para cada estado e de acordo com a política tributária estadual. No estado de Pernambuco as Microempresas, face à Lei Estadual nº 11.515 de 29/12/97, dispõem de um tratamento específico quanto ao ICMS. A base de cálculo é encontrada multiplicando-se as compras pelo percentual correspondente a 14,706%, daí aplica-se a alíquota interna que é de 17% encontrando o ICMS a recolher. Resumidamente pode-se multiplicar as compras pelo percentual de 2,5% para operações estaduais; nas operações interestaduais o percentual sofre um acréscimo de 5%, passando a alíquota para 7,5% (embutido no preço).


O que a contabilidade pode fazer pela empresa?

A contabilidade na vida das empresas é o meio mais eficiente de fornecer informações mais precisas e ajudar o empresário na gestão e melhoria dos controles do seu negócio. Com a utilização de técnicas contábeis o empresário controla o seu patrimônio e conhece o resultado no período (lucro ou prejuízo), permitindo a tomada de decisões mais seguras com base nas informações contábeis.


É o contador quem faz o planejamento financeiro da empresa?

O profissional de contabilidade é aquele que detém informações importantes e que
estará assessorando o empreendedor na elaboração do planejamento financeiro do
empreendimento. Deve-se atentar que o empreendedor é aquele que faz os investimentos necessários e assume o risco do negócio. Portanto, compete a ele executar o respectivo planejamento.


Por que preciso do contador para a minha empresa?

É fundamental que você tenha este profissional, pois a nossa legislação estabelece
várias obrigações que as empresas devem cumprir, tais como: comerciais, tributárias,
fiscais, trabalhistas, previdenciárias, etc., que só podem ser feitas por um contador
habilitado. Além da exigência legal, as informações contábeis são vitais para tomar decisões, elaborar o planejamento estratégico, controlar o patrimônio e apurar os resultados.


A micro empresa precisa fazer contabilidade?

A dispensa da escrituração contábil está prevista somente na legislação do Imposto de Renda, no que se refere aos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Comercial, Lei das Falências, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam exigindo que as empresas mantenham sua contabilidade. A escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.

Confira a lei no endereço: LEI Nº 9.317, DE 5 DE DEZEMBRO DE 1996.

Links

http://www.sebrae.com.br/

http://www.revistapegn.globo.com/

http://www.portaldecontabilidade.com.br/

http://www.sitecontabil.com.br/

http://www.uai.com.br/htmls/page/289/capa_economia.shtm

http://economia.ig.com.br/

http://www.administradores.com.br/

http://www.manualdocontador.com.br/site/erro404.php

http://www.cfc.org.br/

http://www.classecontabil.com.br/v3/

http://www.contabilista-br.com.br/pags/index.asp

http://www.crcmg.org.br/